RESENHA: As Vantagens de Ser Invisível de Stephen Chbosky

 Autor: Stephen Chbosky | Editora: Rocco Jovens Leitores | Páginas: 223



Minha história com esse livro não é das melhores. Eu entrei no mundo da leitura no começo do ano passado e esse livro foi um dos primeiros que conheci, e também o primeiro que comprei (junto com O Lado Bom da Vida), mas eu levava-o para ler na escola e tal, até que um dia eu dormi na van e deixei ele de lado enquanto estava indo pra casa e esqueci o livro. Depois de algum tempo que eu fui sentir falta do livro, aí já era tarde demais.
Obs: eu ainda não tinha lido.

Enfim, mais de um ano se passou e eu finalmente comprei outro exemplar, e devorei-o assim que chegou. Não queria correr o risco de perdê-lo novamente, mas com o tempo eu aprendi a cuidar mais dos meus livros, e hoje em dia o risco é mínimo, talvez inexistente.

Charlie é um adolescente de 15 anos que nos descreve a partir de cartas, um ano inteirinho de sua vida, quando entra para o ensino médio. Sozinho e sem amigos, Charlie se sente invisível na nova escola, mas é quando Sam e Patrick aparecem e mostram a ele como é ter amigos novamente, com um pouco de drogas, bebidas e uma boa música.

Creio que quase todo mundo já assistiu o filme, inclusive eu assisti antes de ler o livro. Gostei, mas depois da leitura não tive dúvidas de que o livro era muito melhor. Na verdade, até a metade do livro eu não me agradei muito da história, achei Charlie um tanto problemático mesmo conhecendo sua história, mas no fundo a gente ama ele. As partes finais pra mim foram as mais emocionantes, e que a gente conhece melhor o protagonista e quão especial ele é, e se torna também para o leitor.

RESENHA: O Guardião de Nicholas Sparks

Autor: Nicholas Sparks | Editora: Arqueiro | Páginas: 344 


Quem não conhece Nicholas Sparks né? Eu sempre ouvi falar nesse autor, mas nunca tinha lido nenhuma obra dele. Até que umas amigas comentaram que leram O Guardião e tinha adorado, e como minha prima tinha comprado ele havia pouco tempo, decidi pedir emprestado.

Confesso que foi uma leitura bem difícil, tanto pelo tempo quanto pelo conteúdo do livro. Comecei a leitura e não me animei muito, aí misturou com volta às aulas, muitas provas e trabalhos com o fim do módulo (Sim, fim do módulo na volta às aulas), o que fez com que eu demorasse mais ainda pra continuar o livro. No total acho que deu quase uns 2 meses para concluir a leitura. Mas enfim, voltando. Me prometeram que depois da página 200 eu iria começar a gostar da história, e foi o que aconteceu! Agora, vamos à história para entendermos melhor. (Vou tentar não dar spoilers, mas sei lá, vai que...)

Julie é uma cabelereira de Swansboro, mas até chegar onde estava ela passou por muita coisa, e foi Jim quem a ajudou a seguir em frente. Depois de um tempo eles se casaram, até que um câncer cerebral matou Jim. Sem eufemismo. Quarenta dias após, Julie recebe uma encomenda deixada pelo marido antes de morrer, que trazia um filhote de cachorro dinamarquês e um bilhete em que Jim promete que sempre cuidará dela. 

O filhote se torna um grandalhão e é quem faz companhia a Julie durante todo o tempo em que sofria a perda do marido. Quatro anos depois, ela finalmente se sente pronta para voltar a amar, mas seus primeiros encontros não são nada promissores. Até que ela conhece Richard Franklin, um belo e sofisticado engenheiro que trata Julie como toda mulher gostaria de ser tratada, levando-a a passeios incríveis e encontros belíssimos. As meninas diriam que hoje não existem homens assim, mas continuando.

Julie está animada como há muito tempo não estava, só que não consegue dizer isso para seu melhor amigo Mike Harris, que, por sua vez, quando descobre o que está acontecendo, não consegue esconder seu ciúme. Isso que me deixou irritado algumas vezes, porque ele só sabia reclamar das coisas mas continuava sem fazer nada. E com seu irmão Henry o provocando, só piorava as coisas, porque eu me irritava mais ainda. Mas até que ele ajudou Mike a seguir em frente e não deixar as coisas como estavam, mas não foi nada fácil mostrar para Julie que ele estava ali.

Richard realmente parecia um príncipe com tudo que fazia, mas Julie no fundo não sentia algo especial por ele, e dizer isso para ele também não era tão fácil. Enfim, se eu continuar, darei spoiler. Só posso dizer que a história passa de um simples romance e uma relação de amizade, para algo bem mais sério, e é isso que dá suspense e a animação que tava faltando na história, por isso eu digo que valeu a pena ler o livro.

Eu terminei a leitura me sentindo bem melhor por ter enfrentado toda a chatice do começo, e pelo livro ter conseguido me surpreender em outras partes. Fiquei curioso para ler outras obras do autor, e com certeza darei oportunidade a ele na minha estante.


TAG: Meu Livro Favorito #1 - A Menina que Roubava Livros





Nenhum livro é lido por acaso. Sempre tem vários significados por trás da leitura, como o que se passava com o leitor enquanto lia, o que estava sentindo durante a leitura etc. E no caso de A Menina que Roubava Livros, foram vários motivos (que às vezes eu mesmo desconheço) que me levaram a gostar tanto desse livro. Na verdade, eu já conhecia o título há um bom tempo, bem antes mesmo de gostar da leitura, e já tinha interesse em lê-lo. Eu imaginava que seria algo que falasse sobre Deus, ou algo do gênero, mas só depois eu fui descobrir que a história se passava durante a Segunda Guerra Mundial e não tinha muita coisa a ver com isso.

Autor: Markus Zusak | Editora: Intrínseca | Páginas: 478


A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, porém surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los em troca de dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. Essa obra, que ela ainda não sabe ler, é seu único vínculo com a família.

Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a cumplicidade do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que a ensina a ler. Em tempos de livros incendiados, o gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. A vida na rua Himmel é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um jovem judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela história. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa desse duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto, e raro, de crítica e público.


Markus Zusak não poderia ter feito melhor. Alguns reclamam, mas para mim, ter a morte como narradora do livro foi a melhor coisa que podia ser feita. É interessante porque apesar da morte ser a morte, ela é quase uma personagem, e às vezes eu considerei ela até a protagonista. Durante a leitura, ela se torna um tipo de amiga para o leitor (pelo menos foi o que eu senti), com seu jeitinho doce e amável, e um pouco irônica algumas vezes, porém bem simpática. Minto, ela é qualquer coisa, menos simpática. E as partes destacadas pela morte, que mais parecem postagens de facebook, deixa bem claro o que se passa na história, e às vezes ela mesmo dá spoiler. Odiei-a quando fez isso, mas enfim.

Liesel Meminger, sem dúvidas é uma menina extraordinária, que, seguindo os passos do pai adotivo, faz de tudo para ajudar as pessoas que ama, e de uma maneira especial, nos faz amar junto com ela. Liesel pode nos deixar comovidos em alguns momentos durante a história, mas mais ainda orgulhosos pela sua amabilidade e sua coragem diante do conflito da época. Outra coisa importante são os diversos livros roubados por Liesel, dos quais ela tira várias lições para a vida.

Hans Hubermann é o personagem mais amado de todos. Não digo só pelos personagens, exceto pelos soldados mas principalmente pelos leitores. Com suas piscadelas e suas inúmeras qualidades, faz com que Liesel confie nele e se sinta confortável na nova casa. Rosa Hubermann pelo contrário, é uma mulher do tipo durona, que não gosta de expressar seus sentimentos bons e adora gritar e xingar, mas com um coração imenso, e amava muito Liesel. Rudy Steiner, o vizinho que logo se torna o melhor amigo de Liesel, do qual o leitor logo se apaixona e torce para que Liesel abra os olhos. Eles passam a maior do tempo jogando futebol na Rua Himmel, caminhando pela cidade ou roubando frutas com a turma de Arthur Berg. Max Vandenburg é o judeu que Hans hospedou no porão de casa, logo se torna um grande amigo para Liesel, que formam uma dupla inseparável até os últimos dias.

Os conflitos que acontecem no decorrer da história mostram o amor de Liesel pelas palavras e a aversão com tudo o que estava acontecendo contra as pessoas mais vulneráveis. E o emocionante desfecho que apesar de ser triste, nos faz refletir sobre as pessoas que temos mais próximas e o quanto as amamos, e que muitas vezes não somos tão corajosos quanto Liesel. Leitura obrigatória!

Dicas de livros #1

Depois de começar com o blog, recebi alguns pedidos de dicas de livros, então vou deixar algumas aqui para vocês, tanto para os que ainda não leram nenhum livro e quer conhecer esse mundo, como para os que já são leitores, tanto faz



A Culpa é das Estrelas - John Green
 
Um romance um tanto incrível e emocionante escrito pelo nosso amigo João Verde. Acho que todo mundo já conhece a história, mas mesmo assim, quem ainda não leu, e gosta de um bom romance, fica a dica!
Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.


Fallen - Lauren Kate

Esse foi o primeiro livro que li, e que me inseriu no mundo da leitura, e mesmo sendo de uma série, eu li só o primeiro e adorei. Agora fica à escolha ler os outros ou não. alguns dizem que o primeiro é o melhor
Sinopse: Algo parece estranhamente familiar em relação a Daniel Grigori. Solitário e enigmático, ele chama a atenção de Luce logo no seu primeiro dia de aula no internato. A mudança de escola foi difícil para a jovem, mas encontrar Daniel parece aliviar o peso das sombras que atormentam seu passado: um incêndio misterioso levou Luce até ali. Irremediavelmente atraída por Daniel, ela quer descobrir qual é o segredo que ele precisa tanto esconder... mesmo que isso a aproxime da morte.




Extraordinário - R. J. Palacio

Com um ritmo leve, história fácil de ser entendida, e ainda com uma mensagem incrível, esse livro deveria ser obrigatório em todas escolas. É como eu sempre digo, esse livro é realmente extraordinário. Recomendo à todos!
Sinopse: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros. Narrado da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos, família, amigos e comunidade - um impacto forte, comovente e, sem dúvida nenhuma, extraordinariamente positivo, que vai tocar todo tipo de leitor.



Dom Casmurro - Machado de Assis

Esse livro é um dos meus favoritos, um clássico da literatura brasileira, e mesmo sendo escrito no século XIX e com uma linguagem um pouco difícil, é uma ótima leitura. Se a professora de Literatura ainda não te mandou ler esse livro, aguarde. E leia logo!
Sinopse: Machado de Assis (1839-1908), escrevendo Dom Casmurro, produziu um dos maiores livros da literatura universal. Mas criando Capitu, a espantosa menina de "olhos oblíquos e dissimulados", de "olhos de ressaca", Machado nos legou um incrível mistério, um mistério até hoje indecifrado. Há quase cem anos os estudiosos e especialistas o esmiuçam, o analisam sob todos os aspectos. Em vão. Embora o autor se tenha dado ao trabalho de distribuir pelo caminho todas as pistas para quem quisesse decifrar o enigma, ninguém ainda o desvendou. A alma de Capitu é, na verdade, um labirinto sem saída, um labirinto que Machado também já explorara em personagens como Virgília (Memórias Póstumas de Brás Cubas) e Sofia (Quincas Borba), personagens construídas a partir da ambigüidade psicológica, como Jorge Luis Borges gostaria de ter inventado.



RESENHA: O Oceano no Fim do Caminho de Neil Gaiman

Autor: Neil Gaiman | Editora: Intrínseca | Páginas: 202


Eu comecei a ler esse livro em pdf no começo desse ano, mas como não suporto ler livros em pdf, não conseguir seguir com a leitura, até que meu irmão comprou ele pra mim depois que o viu em uma livraria. Esse foi um dos únicos livros em que o título chamou mais a minha atenção do que a capa, e depois de pesquisar um pouco mais sobre a história, vi que o autor não era um simples autor, mas o autor, o que me deixou com mais vontade de ler ainda.

O livro conta a história de um homem de meia-idade que volta à casa onde morava na infância para um funeral, e é atraído pela fazenda no fim da estrada onde conheceu uma menina extraordinária, chamada Lettie Hempstock que morava com a mãe e a avó. Depois de retornar ao lago que Lettie chamava de oceano, as lembranças do que aconteceu quarenta anos antes vêm a memória.

Só pra situar, isso é o que aconteceu com o protagonista na infância:
Com sete anos, esse garotinho que não tem nome na história, passa por vários acontecimentos estranhos e assustadores logo após a morte de um homem africano que ele conhecia como O Vendedor de Opalas e que estava hospedado em sua casa. A partir, é como se a escuridão tivesse sido despertada, seres estranhos surgem, fatos surreais acontecem, e inicialmente deixam o leitor um pouco confuso, mas logo se assimila com o mundo que as crianças geralmente têm em mente.

No começo da leitura a gente imagina que é apenas uma história normal das lembranças da infância de um homem de meia-idade, mas é muito mais que isso. O mistério, a aventura e o perigo se combinam e formam essa história incrível. E apesar das poucas páginas, a história segue em um tempo adequado para que o leitor possa entender os fatos, que mesmo inacreditáveis, nos fazem refletir sobre a nossa própria infância.

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